LAVANDO AS MÃOS NA BACIA DE PILATOS



"Então Pilatos, vendo que nada aproveitava, antes o tumulto crescia, tomando água, LAVOU AS MÃOS diante da multidão, dizendo: Estou inocente do sangue deste justo. Considerai isso" (Mateus 27. 24).
LAVAR AS MÃOS significa estar livre de qualquer culpa. Pilatos, o homem que condenou Jesus à morte usou deste artifício. Em seu ato de “lavar as mãos” ele joga para o povo a culpa de condenar Jesus, porém, os evangelhos deixam claros que por mais que ele lavasse as mãos seria culpado. A propósito João descreve as palavras ostensivas de Pilatos: Não sabes tu que tenho poder para te crucificar e tenho poder para te soltar? (João 19.10b).
Pilatos tinha poder para prender e soltar e estava consciente da inocência de Jesus. Por três vezes ele declarou publicamente: “Eu não vejo crime algum neste homem” (Lucas 23.4,14, 22). Sua mulher o advertiu: Não envolva com esse “JUSTO”, sofri muito com ele em sonhos (Mateus 27.19).
Como fugir da culpa se ele mesmo tinha convicções concretas de que Jesus era inocente? Como conciliar o inconciliável? Pilatos não queria sentenciar Jesus, mas também não queria desagradar os dirigentes judaicos que o achavam culpados (Mateus 27.20-26). Ele queria soltar Jesus (Lucas 23.20), porém queria contentar a multidão (Marcos 15.15). Nesta tensão demonstra seu PODER para prender e condenar Jesus a morte e mergulha sua covardia numa bacia de água.
É fácil reprovar a atitude de Pilatos, porém lavamos as mãos na mesma bacia. Sabemos o que é certo mais fazemos o errado. Ouvimos mais a opinião do povo do que a voz de Deus. Soltamos Barrabás e crucificamos Cristo.
NÃO LAVE SUAS MÃOS NA BACIA DE PILATOS. Lave-as no sangue de Jesus. Assuma sua parcela de culpa pela morte de Cristo, pois somente aquele que aceita sua parcela de culpa da cruz pode reivindicar parte na sua graça.  Ele morreu por Pilatos, por você e por mim... Morreu por todos.
EU ESTAVA LÁ!
Igreja Metodista 
Rev. Welfany Nolasco Rodrigues

Pastor Metodista, professor e escritor. 45 anos. Casado com Ássima, pai de Heitor e Hadassa. Natural de Muriaé MG. Bacharel em Teologia pela UMESP.

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